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quinta-feira, 28 de julho de 2011

O estágio

O estágio é a melhor ferramenta de inserção do jovem no mercado de trabalho. Se essa oportunidade não veio na graduação, a pós-graduação pode ser uma nova chance pra fazer isso, diz o presidente da Associação Brasileira de Estágios (Abres), Seme Arone Junior.
A Lei do Estágio permite isso As regras são as mesmas: carga horária de seis horas diárias, com tempo máximo de estágio de dois anos em uma mesma empresa. O contrato também segue os mesmos moldes da graduação: é um compromisso firmado entre a universidade, a empresa e o aluno, com o objetivo de assegurar que o estágio seja uma experiência de aprendizado, e não um trabalho. As oportunidades, porém, ainda são bem restritas devido o desconhecimento tanto dos estudantes de pós-graduação quanto das próprias empresas, que não sabem que a lei permite o estágio.
No estágio o maior ganho é de experiência prática, não é o ganho  financeiro. É nesta fase que o estagiário irá  desenvolver suas competências comportamentais e técnicas,irá adquirir conhecimento organizacional e de fazer networking. O ganho financeiro será conseqüência e virá com o tempo.
Além das empresas, é possível fazer estágio na própria área acadêmica (nas coordenações de curso nas universidades), no terceiro setor e até mesmo em órgãos públicos. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), por exemplo, abriu neste ano processo seletivo para 70 vagas de estágio para alunos de pós-graduação stricto sensu ou lato sensu em áreas como engenharia florestal, biologia, geologia e direito ambiental.
Se você está cursando Pós Graduação e ainda não estagiou, esta é a hora!
Desejo a todos muito sucesso!
Profa. Madalena Medeiros

FELIZ METADE DO ANO!





 
 
 



 

 
 

 

 

 

 

 
 

sexta-feira, 22 de julho de 2011

“PAI, COMEÇA O COMEÇO!”



“PAI, COMEÇA O COMEÇO!”

Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: - “pai, começa o começo!”. O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
 “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis......
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
“Pai, começa o começo!”. Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação para você.
Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, começa o começo!”.

Roberto Gomes

















Neymar o novo fenômeno do Marketing Esportivo

terça-feira, 19 de julho de 2011

"HOJE TUDO É DO PAI!" Testemunho que vai mudar sua vida!!!!!!!!!!!

-Realmente, tudo é do Pai! Essa música fala profundamente da minha história e o que vou relatar agora provêm do fundo do meu coração e da minha alma.
As pessoas que me conhecem, conhecem-me superficialmente na figura do artista Batista Lima. Contudo, não conhecem a essência da pessoa Cícero Batista de Lima. Estou fazendo esse relato para dar testemunho da graça de Deus em minha vida. A você, meu irmão, primeiramente, que a paz de Jesus esteja sempre com você. Inicio a minha história dizendo que cheguei ao fundo do poço, mas a enfermidade que atingiu minha vida foi a pior de todas (a doença da alma).
Talvez várias pessoas digam assim: "Ah! Ele é famoso! Deve ter tudo, não pode acontecer nada de errado com quem tem todas essas maravilhas! Tantas pessoas que o admiram, que cantam com ele, que o seguem, que querem ser como ele". Asseguro que assim como você, sou feito de carne e osso, sujeito também a problemas, angústias, medos etc.
O sucesso é nada mais, nada menos do que a graça de Deus na vida do homem. Contudo, a grande destruição da nossa alma acontece no momento em que nos esquecemos disso. Porque Deus não se encontra na soberba, e sim na humildade.
"Nada façais por espírito de prática ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar aos outros superiores a vós mesmos. Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros". (Filipenses 2, 3 - 4).
Falando assim vocês devem pensar que o Batista Lima estava menosprezando, maltratando as pessoas. Não era nada disso. Ocorre que eu estava embriagado com o sucesso. E ao contrário do que se possa imaginar, essa euforia provocada pela fama jamais me impediu de enxergar com carinho e respeito os fãs, a mídia, e nesse trabalho me dedicava inteiro, 24 horas por dia. Entretanto, amigos, percebi que a paixão pelo palco havia me deixado mais solitário porque não convidei o meu Deus para me acompanhar nessa jornada. Eu havia me esquecido da razão do meu viver - Ele, Jesus, meu Deus, meu Senhor e Salvador.
Em razão da dedicação excessiva ao trabalho sem tempo para o meu Senhor, acabei por me afastar também da família, presente divino e a mais pura expressão de amor de Deus para o mundo. "Por esta causa dobre os joelhos em presença do Pai, ao qual deve a sua existência toda família no céu e na terra" (Efésios 3, 14 -15).
Na minha vida eu havia dedicado o primeiro lugar para o trabalho e a fama. Em último lugar ficavam a minha casa, o meu lar, as pessoas que realmente me amam. Sentia-me o máximo em viver o sucesso, pois quando você está no topo não falta ninguém pra te dar um abraço, um tapinha nas costas dizendo: "Você é o cara!". Porém, quando cheguei ao fundo do poço, enfermo, no Hospital Português (Recife-Pe), em que fiquei mais de dez dias sem poder falar, olhava para o lado da cama e percebia que era a minha família que estava lá, minha mãe com o terço na mão, meu pai, que  olhava pra mim e dizia: "Jesus te ama, meu filho!".
Mas voltando um pouco no tempo, quero falar por que entrei nesse túnel sem luz. Ocorre que o sucesso me subiu à cabeça e me fez ver a vida de maneira distorcida. Eu achava que tinha o direito de não  ouvir as palavras sábias da minha esposa, não suportar as diferenças de um casal, as barreiras do matrimônio. Sentindo-me superior, eu me indagava: "Para que perder tempo ouvindo reclamações disso, daquilo, de uma mulher que só me traz problemas, se tem milhares ao meu redor que me querem." Não sabia eu que o amor "verdadeiro" consiste em aceitarmos um ao outro, com seus defeitos, limitações etc. Aos poucos compreendi que se buscarmos de qualquer forma o amor, de qualquer forma ele também vai embora; se o deixarmos entrar em nosso coração por qualquer porta; por qualquer porta sairá.
Cheguei a ponto de ser tão usado pelo inimigo do mundo (o DEMÔNIO), que abandonei a minha casa, minhas filhas e minha esposa grávida de sete meses. Como um covarde, sem Deus, achava que podia encontrar a felicidade, causando dor e infelicidade a muitos, fugindo das responsabilidades e dos problemas do dia-a-dia. Saí de casa, cai no mundo, fui embora. Abalei os alicerces do meu caráter, da  minha integridade, restando apenas a escuridão do pecado. "Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus" (Romanos 8, 8).
"Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Não está nEle o amor do Pai (I João 1, 15).
"O mundo passa com as suas concupiscências,  mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente". (I João 1, 17).
Eu procurava me saciar em tudo: festas, "amigos", paixões, fama e dinheiro. Para que você tenha uma idéia de como a soberba tomou conta do meu ser, como o mundo tinha tomado conta da minha mente, cheguei a ficar frente a frente com a minha esposa, grávida de oito meses e desafiei a Deus, afirmando que se Jesus descesse à terra e pedisse que eu voltasse para ela, eu não voltaria. "Sobreveio a lei para que abundasse o pecado. Mas, onde abundou o pecado, superabundou a graça. Assim como o pecado veio para a morte, assim também a graça reinaria para a justiça, para a vida eterna, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor". (Romanos 5, 20 - 21).
A minha esposa passou a viver um martírio. Chorava sempre.  Não me envergonho de relatar isso  porque sei quem hoje sou e em  quem hoje eu creio. "Porque onde abundou o pecado, superabundou a graça".
Eu precisei cair para me render a Jesus, para me reerguer pelas mãos Dele. Afirmo que Ele quer levantar você também, meu irmão.
"Se, pois, o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livre" (João 8, 36). A palavra de Deus também diz: "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder-se a si mesmo e causar a sua própria ruína". (Lucas 9, 25).
Eu cantava para multidões, mas dentro do meu coração, a minha alma estava vazia e só. Quando sozinho, chorava sem saber o motivo. Foi aí que o Senhor começou a agir em minha vida.
O PRIMEIRO CHAMADO
Lembro-me que fomos fazer um show em Imperatriz - MA. Todas  as vezes, ao chegarmos às cidades, existem várias pessoas nos aguardando pra pedir autógrafos, tirar fotos etc. Vi uma senhora bem quietinha no canto, cabelos longos, aparentando uns 65 anos, que esperou pacientemente que eu atendesse a todos e só então se aproximou de mim e disse: "A paz de Jesus!". Imediatamente eu pensei: "Lá vem sermão! O que é que ela quer comigo? É alguma pessoa da igreja.". Ela continuou: "Meu querido! Não sei o que você faz na banda, não conheço nada sobre os grupos musicais, principalmente de forró. Não entendo disso. Só vim aqui trazer um recado do Senhor para você: Ele te quer! Ele te chama! Você é Dele! Ele tem um propósito muito importante na sua vida." Eu sorri e disse o que muitas pessoas às vezes dizem: "Eu sou católico! Eu sou de Deus!" Essas são as desculpas preferidas dos católicos que estão embriagados com o mundo. São sempre as mesmas: "Eu sei! Eu sou! Eu vou! Está tudo bem." Mas essa senhora insistiu: "O Senhor te chama, meu filho!". Eu retruquei: "Eu sei! Eu já sou dele!".
O SEGUNDO CHAMADO
Passado o tempo, estávamos em outra cidade, especificamente no PIAUÍ, após um show, em frente ao ônibus, conversando com os músicos logo de manhã cedinho. Paramos para tomar café e mais uma vez outra senhora que eu também não conhecia, me abordou e disse: "Quem é o cantor?" "Sou eu!" respondeu o outro vocalista. Mas ela perguntou: "Só há um cantor na banda? Então eu respondi: "Eu também sou, pois não"!" Novamente Deus operava a sua misericórdia enviando mais uma de suas servas, que me disse: "O Senhor me mandou aqui, pois ele está lhe chamando e manda lhe dizer que se você não vier pelo amor, virá pela dor." Acontece que meu coração ainda era uma terra infértil para a palavra de Deus. Como aconteceu na Parábola do Semeador, as boas palavras eram sufocadas pelo barulho mundano. Eu apenas respondia: "Amém! Obrigado!"
O TERCEIRO CHAMADO
Dois componentes da banda que não integram mais o grupo, o tecladista e o baterista, eram homens cristãos tementes a Deus. Eles me trouxeram uma mensagem dizendo que um dos seus irmãos, homem de Deus, estava orando por mim em Crato-CE e que quando estava em oração, o Espírito Santo do Senhor havia lhe revelado algo sobre mim. E me falaram: "Eu te vi deitado em uma cama, sem conseguir falar. Isso  vai te acontecer, para que percebas que o Senhor é teu Deus, que sem Ele o homem não é nada e nada pode fazer". Contudo, eu sempre ficava na superfície. Não procurava me aprofundar nos sinais que me eram enviados. Meus caminhos ainda eram tortuosos. Por essa razão eu respondi a esses colegas de trabalho: "Está certo!"
"Um filho sábio ama a disciplina, mas o incorrigível não aceita repreensões" (Provérbios 13,1).
A QUARTA E ÚLTIMA VEZ
Nós estávamos em Petrolândia (PE), e Deus usou mais um de seus servos, um guitarrista, grande amigo meu, que há oito anos não o via. Veio me visitar (uma visita que nunca vou esquecer). Estava eu em meu quarto quando bateram na porta, fui abrir para ver quem era e lá estava ele que olhou pra mim e foi logo dizendo: "Jesus esteja contigo, meu irmão!".
Eu, surpreso, disse: "Não acredito! Você está ficando louco?" Dei-lhe um forte abraço e ele me disse: "Estou, meu irmão! Estou louco sim, mais louco de amor. JEUS me libertou e se você me acha louco é porque, "A linguagem da cruz é loucura para os homens que se perdem" (I Coríntios 1,18). Começamos a colocar o papo em dia e ele foi me contando a sua historia: "Escalei o ultimo nível da droga, cheguei até a ser preso; paguei minha dívida com a sociedade, mas não com Deus, até o dia em que tive um encontro pessoal com Cristo. E quando O conheci, nunca mais fui o mesmo. Vim aqui te dar um abraço, mas o motivo maior que me traz aqui é transmitir um recado do Senhor". Pensei comigo mesmo: "De novo, não! Lá vem pancada!". Só que desta vez o Senhor provou o seu plano divino. Usado por Deus, ele estendeu o seu braço e mostrando os dedos da sua mão me disse: "Meu irmão, é a quarta vez que o Senhor te chama." Surpreso, eu  disse: "Espere aí, há alguma coisa errada, tem alguma armação aí, alguém te falou sobre isso"?". E ele me disse: "Não, meu irmão, estou chegando agora e vim falar isso para você. Creia no plano divino. É a ultima vez que Deus te chama pelo amor." E foi embora.
Dez dias depois, precisamente no dia 10 de junho de 2005, estávamos na cidade de Campo Maior (PI) e de repente comecei a sentir um pequeno pigarro na garganta. A dor começou a aumentar e a garganta inflamar, fui ao médico, tomei alguns remédios, me aplicaram injeção, mas nada adiantou e aquilo foi aumentando, aumentando e eu me perguntando: "O que será isso"?  Fiquei com várias aftas em minha boca, feridas se estenderam pelo meu corpo inteiro.
Comecei então a não me alimentar mais e no dia 17 de junho, período junino, íamos realizar um show em Caruaru (PE).
Ocorre que o Batista Lima não agüentou mais, teve que ficar hospitalizado. Já fazia quase seis dias que não me alimentava, internado, sem conseguir falar, distante da família. Foi então que pela primeira vez senti medo.
A banda tinha que tocar o barco pra frente, afinal de contas era período junino, época em que a agenda é superlotada.
Parar é quase impossível, sem falar no compromisso que tínhamos com os fãs, empresários e a mídia em geral.
Começaram então os exames. Procuravam de todas as formas descobrir  a raiz do o problema. Uns diziam: "Pode ser catapora"; outros: "É sarampo". Exames de todos os tipos foram realizados. Médicos, especialistas, professores de Universidades, cirurgiões, clínicos gerais, otorrinos, dermatologistas todos tinham o mesmo objetivo - identificar e diagnosticar a minha doença. Todos os dias eram tiradas amostras de sangue e mandadas para diversos laboratórios do Recife, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. De nada adiantava. Foi então que deitado na cama, à meia-noite, eu me lembrei de todas as pessoas que me falaram do plano de Deus, especialmente aquelas que me viram deitado em uma cama sem poder falar. A palavra de Deus foi concretizada, porque "Deus é fiel". Daí, o homem de ferro, o homem inabalável, começou se dobrar um pouquinho.
"Pois o senhor corrige a quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho" (Provérbios 3: 12).
Lembro-me de que uma das maiores dores que senti, não no corpo, mas na alma, foi receber a ligação da minha sogra às 4 horas da manhã do dia 23 de julho de 2005. O telefone toca, mas quem atende é um amigo, que estava comigo aquela manhã. Como não podia falar, ele me transmitiu tudo que ouviu na ligação e me disse: "Olha, sua filha acaba de nascer". Colocou o telefone em meu ouvido para que eu pudesse ouvir o choro dela. Aquilo me doía, mas tenho certeza que doía muito mais na mãe sem o marido e sozinha.
Depois de alguns dias, finalmente encontraram uma forma de estabilizar a doença, embora continuasse desconhecida a sua causa real.
Comecei um tratamento com a droga "corticóide", medicação que apenas diminuía os sintomas. Como todos sabem, é uma droga que, dependendo da quantidade ingerida, pode causar sérios problemas à saúde. Alguns sintomas são: inchaço, enfraquecimento dos ossos, retenção de líquidos, problemas renais etc. Devido a dosagem muito alta e o longo período do tratamento, já me encontrava com todos esses sintomas. Mesmo assim continuava toda aquela enfermidade em minha pele e em minha boca. E eu por fora ainda me comportava como um orgulhoso e soberbo, mas por dentro, totalmente destruído.
"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus" (Romanos 3 23).
Os médicos encontraram outro tipo de medicação chamada Talidomida, uma droga que não pode ser encontrada em farmácias, apenas por pedido médico, diretamente ao Ministério da Saúde. Uma imensa papelada teve que ser assinada por mim e pelos médicos.  Tenho certeza, meu irmão, que aquela droga foi feita no inferno. Digo isso porque ao começar o tratamento, me senti um pouco melhor, os sintomas diminuíram, mas em compensação a depressão tomou conta mim. Uma vontade de sumir, de morrer.
Sentia-me gordo, feio (não que eu seja bonito) e com complexo de inferioridade. Para você ter idéia, ate psicose comecei a sentir. Qualquer curiosidade sobre esse medicamento, pesquise na internet. Fiquei horrível, aumentei quase 20 kg. Depois de meses de tratamento, me sentia um nada, um Zé ninguém. Mas um belo dia, assistindo a TV, ao mudar o canal, algo me chamou atenção, uma palestra na canção nova (Emissora de TV católica no Brasil). Quem falava era o Padre Jonas Abib - uma palestra sobre cura e libertação. Ele dizia:
"Não! As coisas que os pagãos sacrificam, sacificam-nas os demônios e não a Deus". "E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios". "Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do senhor e o cálice dos demônios". "Não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios". (I Corintios 10, 20 - 21). 
Eu estava totalmente afastado da igreja, viciado em horóscopos, numerologias, superstições etc. Comecei a tomar posse de tudo aquilo que ouvia para mim. Aquelas palavras foram-me envolvendo até que tocaram o meu coração, e o teimoso Batista Lima passou então a dar o braço a torcer um pouquinho.
Quando ninguém estava olhando, com vergonha de mim mesmo, pegava a Bíblia, abria e começava a ler. Pouco a pouco fui percebendo que estava sendo tocado e o mais importante, eu queria ser tocado.
Todos nós somos chamados, mas são poucos os que escutam.
Aquela voz que fica na nossa mente dizendo: "Não faça!" "Não fale!" Essa é a voz de Deus na nossa mente.
Eu tenho certeza de que se você ouvir a primeira voz que fala no seu coração, não cometerá tantos erros. Porque custoso é deixarmos os costumes antigos; Porém, mais custoso ainda é irmos contra a nossa própria vontade. Só tomando a cruz, negando-se a si mesmo e servindo fielmente a Deus, o homem poderá um dia contemplar a face de Cristo.
Eu tenho certeza, meu irmão, que se você ouvir a primeira voz que fala ao seu coração, será difícil tropeçar. Essa voz é a voz do Espírito Santo que fala com você. Seja você bom ou não, homem de Deus ou não, Jesus fala todo dia em nosso coração. Assim Ele falou comigo e por isso a minha vida começou a mudar passo-a-passo. Um dia, estávamos no Rio de Janeiro (RJ) e escondido no banheiro, coloquei meu joelho no chão pela primeira vez. Chorava arrependido e envergonhado. Tantas pessoas que sofreram e ainda sofriam por minha culpa, minha imensa culpa. Ai, como eu chorava! Pedindo perdão a Deus, dizia: "Deus, estou no buraco, como vou sair? Dá-me uma luz. Como posso voltar para casa depois de tudo o que disse e fiz? Será que minha esposa ainda me quer? Será que me aceita? Será que meus pais, meus amigos que tanto confiaram em mim vão me perdoar?".
Pedi a providência de Deus. Do Rio peguei um vôo até Recife. Chegando a Recife fui direto para Salgueiro onde todos que fazem parte da banda residem. Estava mais ou menos no meio do caminho, Arcoverde (PE), estava dormindo quando de repente acordei com um imenso vazio e aperto na alma. Veio-me ao coração a lembrança de uma ligação telefônica antiga da minha esposa, em que me dizia não suportar mais a dor que a minha ausência causava, e que minhas filhas estavam sofrendo muito. Como mãe, ela já não suportava ver as nossas filhas sem o pai. Disse-me que iria embora, morar com sua mãe.
Chegando a Salgueiro - PE, com aquele velho aperto no coração, fui ver as meninas e levar alguns presentes. Fiquei frente a frente com a verdade. Fingindo-me de forte, começamos a conversar. Ela me perguntou: "Você está bem?" Eu respondi: "Estou!" "Você não parece bem.", ela retrucou. "Eu estou bem, estou me virando.". Ela continuou: "Diga-me a verdade, você não está bem." Tentando mudar o assunto, eu perguntava como estavam as meninas. Querendo ouvir a verdade,  comecei a me vangloriar dizendo: "Nunca estive tão feliz em toda minha vida". Comecei a falar um monte de bobagem, revoltado comigo mesmo, procurando feri-la. Ela não revidava. Mesmo assim eu continuava provocando. Foi aí que o amor venceu. O mal só é destruído com o bem. Para cada palavra fria e cruel que lhe dizia ela me dizia outra de amor e de esperança.
"Não nos cansemos de fazer o bem, porque ao seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas especialmente aos irmãos na fé".  (Gálatas 6, 9 - 10).
Então foi quando ela me disse: "Você não está bem, você está sofrendo e só tenho uma coisa a dizer sobre tudo isso. Nossa casa sempre esteve de portas abertas à sua espera. As suas filhas estão lá, esperando por você; eu estou aqui de braços abertos esperando por você.".
Já fazia 7 meses e ela firme com as meninas, trabalhando na mesma empresa que eu trabalhava, tendo que conviver e agüentar todos os caprichos da minha nova vida. O segredo da sua coragem e de sua força nada mais era do que o seu encontro pessoal com Jesus.
Enquanto eu me perdia no pecado, ela se encontrava com a luz. Sua dor havia dado espaço ao perdão; suas lágrimas enxugadas pelo Deus da misericórdia. Comunidades e irmãos em Cristo acalmavam o seu coração com palavras de fé e esperança. Uma imensa corrente de oração se formou intercedendo por mim e por ela. E as algemas da escravidão do pecado foram quebradas. "Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu pai que está nos céus. Por que onde dois ou três estão reunidos em meu nome, ai estou no meio deles". (Mateus 18, 19-20)
Agradeço a Deus todos os dias por todos os amigos de fé. Especialmente aos Padres: Remi e Malan; aos irmãos Carlinhos, Lúcio, Teresinha, Luciano e Emília; Maurício, Elizabete e todos da Comunidade Mãe da Vitória de Salgueiro (Pe); ao irmão Sergio da Comunidade Resgate de Vitória de Santo Antão (Pe); aos compadres: Ailton e Mariene Souza, que acolheram minha esposa nos momentos de maior desespero; aos meus pais por tanto amor; a dona Ana (minha sogra) e dona Helena por seus conselhos e todas suas orações.
O guerreiro de ferro desmoronou nos braços de sua amada. Quando nos separamos, tínhamos quase oito anos que vivíamos sem o sacramento do matrimonio. Voltamos e no dia 17 de Janeiro 2006, menos de dois meses de nossa volta, nos casamos em Cristo.
Então um dia fomos convidados para um encontro da comunidade e lá estavam o Sérgio, Mauricio, Elizabete e todos da comunidade. Adoração e muito louvor aconteciam ali. Eu totalmente perdido e sem jeito, tentava me esconder no cantinho. De repente eles começaram a orar em línguas. O irmão Sérgio pediu para que os homens presentes se ajoelhassem. Era o momento de oração de cura e libertação. E começou dizendo: "Que o Espírito de Deus desça neste lugar e cure todas as enfermidades, carnais ou espirituais, e saia agora na autoridade do poderoso nome do nosso Senhor Jesus Cristo. Seja limpo agora". De repente, ao tocar a minha cabeça, comecei a sentir uma grande força me impulsionando para o chão para que eu me curvasse. Eu pensei: "vou cair agora." Ao mesmo tempo eu não acreditava que aquilo estivesse acontecendo comigo. "Vou cair, o que é que está acontecendo." Eu repetia. Coloquei as mãos no chão para não cair, a unção de Deus pesava e a força do Espírito Santo dizia: "Eu vou entrar!" Eu chorava como uma criança. Era uma sensação de alívio, uma emoção muito forte. Daí eu me levantei, chorando como um menino, nos braços de minha mulher. Ela me perguntava: "O que está acontecendo?" Eu respondi: "Não sei!". Eu era uma pessoa muito difícil de chorar, igual aquela brincadeira de menino quando a mãe diz: "Engula o choro!". Eu não era de chorar tão fácil assim. Nunca havia chorado daquele jeito. Eu não sabia por que estava chorando, mas era o mal saindo de mim, todas as coisas negativas saindo de mim. Exatamente quando terminou tudo aquilo, Sérgio olhou nos meus olhos e disse: "Meu irmão! O Espírito Santo te limpou, te lavou e agora depende de ti.  Procure a palavra, viva, sinta a palavra, cante a palavra".
"O espírito do Senhor está sobre mim, por que me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do senhor" (Lucas 4, 18-19)
O nosso irmão Sergio (Comunidade Resgate) foi responsável pela primeira unção que recebemos, pelo nosso batismo no Espírito Santo e um dos grandes profetas de Deus na época de nossa separação, que revelou a minha esposa parte de muitas coisas que iriam acontecer.
Daí por diante a minha família se uniu como nunca antes. O meu pai chorava como criança em ver todos os seus filhos juntos.
E o filho que passava tanto tempo distante, agora lhe dava aquele abraço e dizia "Pai, eu te amo!".
É interessante como nos shows, sempre escuto de pessoas que só me vêem pela TV, dizerem facilmente: "Eu amo você mais do que tudo!" Fico feliz e agradecido, mas também preocupado, porque acho que muitas dessas pessoas talvez não tenham a coragem de chegar a sua casa e dizer: "Pai, Mãe, eu amo vocês mais do que tudo!"
Gosto de atender a todos os fãs e hoje em dia eu sei o que dizer quando me dizem "Eu amo você, Você é o cara!".
Antigamente eu dizia apenas: "obrigado!" Hoje digo: "Sou o que sou, porque existe um Rei na minha vida, que é o seu Rei e o que eu sou hoje, você é capaz de ser muito mais porque com Ele, nós somos mais que vencedores."
Não estou aqui querendo passar uma imagem de "superman" para ninguém. Tenho minhas limitações, meus defeitos, como você também tem, mas é importante que a cada dia você procure melhorar mais e mais. Talvez, meu irmão, hoje você se encontre como eu me encontrava, com medo, vazio, sem Deus e sem esperança. Você pode até pensar que ainda não é hora, que não é especial. Mas saiba, Deus ama você, você é a coroa da criação, a sua palavra nos diz que:
"Se tiveres de atravessar a água, estarei contigo. E os rios não te submergirão; se caminhares pelo fogo, não te queimarás, e a chama não te consumirá. Pois eu sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, teu salvador. Dou o Egito por teu resgate, a Etiópia e Sabá em compensação. Porque és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo, permuto reinos por ti, entrego nações em troca de ti". (Isaías 43, 2-4)
Hoje, graças à misericórdia divina, posso dar testemunho de libertação. Pois o sangue do cordeiro me lavou. Estou curado das enfermidades, tenho esperança, tenho paz interior. Busquei de todas as formas possíveis satisfazer a minha alma, mas só vivendo e cantando como um servo que glorifica o seu Senhor, encontrei a verdadeira felicidade, porque Jesus me completou. Já não ando mais em trevas, pois brilhou pra mim a luz, o impossível fez o nome de Jesus.
Hoje em dia, quantos lares estão sendo destruídos pela bebida, pela prostituição e tantas outras tempestades. Mas saiba, meu irmão, que "o melhor lugar pra se estar seguro de um mar enfurecido, é dentro do barco, e não fora dele". Você pode não perceber, mas Deus colocou um tesouro do seu lado: seus pais, seus irmãos, sua esposa, seus filhos. Não cuspa no prato que Deus te dá, porque quanto mais o homem glorifica a Deus, mais Deus acrescenta no seu dia-a-dia, na sua vida espiritual também, vitórias e mais vitórias.
"Felizes os que temem ao Senhor, os que andam em seus caninhos. Poderás viver, então, do trabalho de tuas mãos, serás feliz e terás bem-estar. Tua mulher será em teu lar como uma vinha fecunda. Teus filhos em torno à tua mesa como brotos de oliveira (Salmo 128).
Se está difícil, dê glória a Deus. Se esta tudo bem, dê glória também. Não tem glória à Deus maior nem menor. Viemos ao mundo para fazer a diferença, somos a imagem e semelhança de Deus.
Encerro pedindo que Deus abençoe a cada um, a cada família que precisa da Sua força, da Sua luz, da Sua misericórdia. Que Deus abençoe o Resgate, Mãe da vitória e todas as comunidades da renovação carismática no Brasil e no mundo inteiro.
Fortaleça cada vez mais os seus servos, pessoas que têm um trabalho maravilhoso, um trabalho ungido de Deus, resgatando tantas pessoas jovens, pessoas que se desviaram, pessoas que estão distantes da palavra de Deus, pessoas que não conhecem a palavra de Deus. Porque a palavra de Deus é poderosa espada contra Satanás e seus servos.
"Porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções de coração. (Hebreus 4, 12)
Que Deus possa ungir o coração de cada um dos nossos ministros, dos nossos padres, bispos, o Papa. Fortaleça a cada dia a caminhada contra o mal, pois a autoridade do nome de Jesus expulsa todo o mal e toda a maldade. Amém!
"Portanto, quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu pai que está nos céus. Aquele, porem, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu que pai está nos céus". (Mateus 10, 32-33)
Com tudo isso, aos olhos do Senhor, nem o homem existe sem a mulher, nem a mulher sem o homem, porém o homem nasce da mulher, e ambos vêm de Deus. (I Corintios 11, 11-12)
Texto: Batista Lima
Colaboração: Iara Mesquita
Batista Lima antes:

20 ANOS CEGO

Há muito tempo atrás, um casal de idosos que não tinham filhos, morava em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranqüila, alegre, e ambos se amavam muito.
 
Eram felizes. Até que um dia...  
Aconteceu um acidente com a senhora.
Ela estava trabalhando em sua casa
quando começa a pegar fogo na cozinha
e as chamas atingem todo o seu corpo.
 
O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua

procura, quando a vê coberta pelas chamas e

imediatamente tenta ajudá-la.
 
O fogo também atinge seus braços e,
mesmo em chamas,
consegue apagar o fogo.
 
Quando chegaram os bombeiros
não havia muito da casa,
apenas uma parte, toda destruída.
 
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo,
onde foram internados em estado grave.
Após algum tempo
aquele senhor menos atingido pelo fogo
saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada.
 
Ainda em seu leito a senhora toda queimada,
pensava em não viver mais,
pois estava toda deformada,
queimara todo o seu rosto.
 
Chegando ao quarto de sua senhora, ela foi falando:
 
-Tudo bem com você meu amor?
 
-Sim, respondeu ele,
pena que o fogo atingiu os meus olhos
e não posso mais enxergar,
mas fique tranqüila amor
que sua beleza está  gravada em meu coração para sempre.
 
Então triste pelo esposo, a senhora pensou consigo mesma:
 
"Como Deus é bom,
 vendotudo o que aconteceu a meu marido,
tirou-lhe a  visão para que não presencie esta deformação em mim.
As chamas queimaram todo o meu rosto
e estou parecendo um monstro.
E Deus é tão maravilhoso que não deixou ele me ver assim,
como um monstro
Obrigado Senhor!"
 
Passado algum tempo e recuperados milagrosamente,
voltaram para uma nova casa,
onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo,
e o esposo agradecido por tanto amor,
afeto e carinho,
 todos os dias dizia-lhe:
 
-COMO EU TE AMO.
Você é linda demais.
Saiba que você é e será sempre,
a mulher da minha vida!
 
E assim viveram mais  20 anos até que a senhora veio a falecer.  
No dia de seu enterro,
quando todos se despediam da bondosa senhora,
veio aquele marido com os olhos em lágrimas,
sem seus óculos escuros
e com sua bengala nas mãos.
 
Chegou perto do caixão,
beijou o rosto acariciando sua amada, disse em um tom apaixonante:
 
-"Como você é linda meu amor, eu te amo muito".
 
Ouvindo e vendo aquela cena
um amigo que esta ao seu lado
perguntou se o que tinha acontecido era milagre.  
Pois parecia que o velhinho parecia enxergar sua amada.
 
O velhinho olhando nos olhos do amigo,  
apenas falou com as lágrimas rolando quente em sua face:
 
-Nunca estive cego,
apenas fingia,
pois quando vi minha amada esposa toda queimada e deformada,
 sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira.
Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados!
Foram os 20 anos mais felizes de minha vida.
 
E emocionou a todos os que ali estavam presentes.
 
 
CONCLUSÃO
 
Na vida temos de provar que amamos!
Muitas vezes de uma forma difícil ... 
E, para sermos felizes,
temos de fechar os olhos para muitas coisas,
mas o importante é que se faça única e intensamente com AMOR!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Governo não financiará fusão entre varejistas

Governo não financiará fusão entre varejistas

O governo não vai mais ajudar a financiar a fusão entre o Pão de Açúcar e as operações brasileiras do Carrefour. Depois de enfrentar críticas por concordar em participar do negócio, com um aporte de até R$ 4,5 bilhões, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lavou as mãos. Em conversas reservadas, a presidente Dilma Rousseff disse que não vale a pena enfrentar o desgaste se não há acordo entre os sócios em torno da proposta.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Comentário do filme THE CORPORATION

 

Documentário Premiado
As corporações eram insignificantes 150 anos atrás, todavia, hoje, elas são onipresentes e dominantes no cenário mundial. Interferem na política, cultura, economia e destinos de quase todos os países. O filme The Corporation mostra a natureza, a evolução, o impacto e o prognóstico do futuro das corporações. No início, as empresas eram personificadas pelos seus donos, que eram responsabilizados por qualquer erro cometido no âmbito de suas atividades. Entretanto, no fim do século XIX, as corporações tiraram vantagem da 14ª emenda da Constituição Americana, permitindo assim que as corporações se tornassem pessoas jurídicas com limitada responsabilidade recaindo sobre os donos das mesmas. Portanto, as corporações passaram a se servir como escudos para que seus donos e gestores tomassem decisões sem terem que prestar contas, até que eclodisse a crise de confiança que abalou algumas grandes corporações ao redor do mundo, como por exemplo, a ERON, WORLDCOM, PARMALAT e etc.

O documentário afirma que as corporações se vangloriam que estão sempre criando produtos que melhoram a vidas das pessoas e por isto preenchem seu objetivo de “responsabilidade social”, mas na verdade o único objetivo de uma corporação é maximizar a riqueza dos seus acionistas, e por isto produzem lucros crescentes ao longo do tempo. Para atingir este objetivo, as corporações externalizam custos que não estão diretamente ligados a sua produção ou seu ambiente interno. Por exemplo, as montadoras de automóveis produzem milhares de carros anualmente, porém não são responsáveis por construir estradas ou alargar as existentes para evitar congestionamentos. O Estado é quem é o responsável por resolver tal impasse. Entretanto, estas mesmas corporações que diziam que melhoravam a vida das pessoas, tinham dificuldades de lidar com a qualidade de vida de seus funcionários. As corporações tomavam decisões objetivando pagar salários mais baixos, e quando isto não era possível, transferiam sua produção para países com mão de obra barata, permanecendo nestes países até quando a mão de obra ficar caro, partindo então para outro país com mão de obra barata e assim sucessivamente. Inclusive, muitas corporações já utilizaram mão de obra infantil por causa do seu baixo custo.

Segundo o filme, as Corporações também tomavam de decisões que acarretava danos à saúde do ser humano ao longo do tempo. Foi a partir de 1940, que novos produtos químicos foram criados que se caracterizavam pelo baixo custo e fornecimento ilimitado. Por exemplo, foi criado o pesticida DDT que foi largamente utilizado na agricultura e na desinfecção de pessoas e lugares. Porém, depois de vários estudos ao longo do tempo, verificou-se que o pesticida DDT e outros produtos químicos causavam problemas para a saúde do ser humano e até mesmo a morte. Muitas das corporações que desenvolveram tais produtos químicos, tentaram reduzir os risco deste produtos para a saúde do ser humano, e divulgavam que tinham conseguido tal proeza, porém a maioria das corporações sabiam que ainda assim seus produtos causavam danos a saúde das pessoas que utilizavam direta ou indiretamente seus produtos.

Não só as corporações criavam produtos que faziam mal ao ser humano, mas também se descuidavam dos animais. Elas se utilizavam de animais para testar seus novos produtos, e alguns destes produtos eram aprovados para utilização ou consumo pelos seres humanos, apesar das corporações terem conhecimento de riscos a saúde do animal e um risco potencial para intoxicar seres humanos. Um exemplo disto, foi a vacina desenvolvida pela Monsato para aumentar a produção de leite nas vacas do sul dos EUA. Apesar da empresa saber que a vacina trazia riscos para as vacas, ela omitiu este fato para os produtores e os consumidores. Consequentemente, os produtores precisavam administrar antibióticos nas vacas para que as mesmas não desenvolvessem infecções e, por conseguinte, as pessoas consumiam o antibiótico indiretamente ao beber o leite.

As corporações também afetavam negativamente o meio ambiente, denuncia o documentário. As mesmas extraem recursos da natureza, processa-os em forma de produtos e devolve para a natureza em forma de dejetos industriais, além do lixo produzido pelos consumidores destes produtos. O sistema de suporte a vida do planeta está morrendo pouco a pouco, o efeito estufa é um exemplo disto. As corporações não estão se esforçando para mudar este quadro de tragédia ambiental. Por exemplo, os EUA, por solicitação de suas corporações, não assinaram o Protocolo de Kyoto, que prevê a redução de emissão de gases tóxicos na atmosfera, e este é um problema que será deixado para as futuras gerações resolverem. As corporações sempre calculam o custo/benefício para tomar qualquer decisão, neste caso é mais barato pagar multas ou acordos do que o custo de mudar processos e/ou desenvolver novas tecnologias para prevenir esta situação.

Em determinado momento, o documentário expõe o que ele chama de “Princípios Monstruosos”, comentado que a corporação é uma instituição que segue princípios errados do ponto de vista moral e ético. Entretanto, o mesmo afirma que as corporações são formadas por profissionais que tem elevada noção de moral e ética, e por que eles não conseguem mudar esta cultura das corporações? A resposta é que estes profissionais temem serem demitidos. Portanto, estes profissionais têm que continuar a fazer o que é moralmente errado, se quiser continuar a trabalhar em determinada corporação. Um exemplo chocante foi o relato de um broker que afirma que “existem oportunidades na devastação” se referindo ao ataque de 11 de setembro às torres gêmeas, e assim que soube do acontecimento perguntou “como está nossa posição de ouro?”. Isto é conseqüência dos “Princípios Monstruosos” que obriga aos profissionais produzirem lucros crescentes a qualquer custo.

Entretanto, esta busca por lucros crescentes não está restrita só aos profissionais das corporações e seus donos majoritários. Com a pulverização das bolsas de valores muitas pessoas de moral e ética exemplares são donos de pequenas porções destas corporações, e todos elas querem que valor das ações cresçam e que a corporações paguem dividendos dos seus lucros. Será que os pequenos investidores vão exigir mudanças na forma das corporações fazerem negócios? Existe lucro moral? As aposentadorias privadas estão calcadas neste cenário, quem vai querer por em risco sua aposentadoria privada? Este é um paradoxo que o mundo capitalista terá que resolver. Em outra vertente, as corporações estão patenteando genes humanos, filtram informações do público, influenciam governos e insuflam guerras entre outros pecados da moral e da ética. Como lidar com estes todos estes desvios de condutas se as economias precisam dos empregos ofertados pelas mesmas e os governos precisam recolher impostos para aplicar em políticas públicas?

Em resumo, as corporações são monstruosas em sua essência para poder atingir seus objetivos de gerar riqueza a seus acionistas (tanto os majoritários como os minoritários). Além disso, as corporações vivem em um ambiente hostil a sua existência e travando disputas jurídicas de toda sorte, porque faz mal aos seres humanos, aos animais, ao meio ambiente e não é condescendente com seus empregados. Claro que as corporações são monstruosas, porém existe um relacionamento simbiótico entre a sociedade, o Estado e as corporações que nunca deixará de existir, pois cada um depende do outro para existir. Portanto, deve haver limites para as corporações e estes limites têm que ser impostos pelo mercado, através da bolsa de valores, e pela sociedade, através do consumo consciente.
por Giuseppe Regina

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