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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

13º salário injeta R$ 2,66 bilhões na economia do CE

2,67 milhões de trabalhadores recebem o benefício, sendo mais de 1,4 milhão na ativa e 1,2 mi de aposentados
São Paulo/Fortaleza. O pagamento do 13º salário neste ano deve colocar R$ 118 bilhões na economia brasileira, montante que representa 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB). O Ceará deve ficar com uma fatia de R$ 2,66 bilhões, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado ontem.

No País, aproximadamente 78 milhões de pessoas serão beneficiadas, número 5,4% superior ao verificado em 2010.

No Estado, 2.671.522 receberão o recurso, com renda média de R$ 952,95. São 1.407.177 cearenses no emprego formal (público e privado) e doméstico, sendo 1.365.007 na primeira categoria (com renda média de R$ 1.266,28) e 42.172 na segunda (R$ 617,67). Os aposentados e pensionistas no Ceará somam 1.264.345 com renda média de R$ 719,25.

Comércio capta parte
A expectativa do diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL), Régis Dias, é que entre 30% a 35% do valor do 13º sejam injetados no comércio. "Estimamos um crescimento de 7% a 8% nas vendas do setor em relação a 2010", afirma. "O comércio sofreu um pouco em outubro por conta das greves, principalmente, a dos bancários. O 13º é a primeira boa notícia para alavancar o faturamento e voltar a crescer".

De acordo com ele, outra parcela do 13º deve ser usada para saldar dívidas. "O que também é importante para o setor", diz. "Além do benefício, as restituições do IR em outubro, com um grande lote, e em novembro, ajudam muito a classe média a comprar". Para o presidente do Sindilojas, Cid Alves, a partir deste mês já se vê efeitos deste pagamento. "As vendas começam a crescer", afirma. "Um terço circula no entre os lojistas no Ceará, garantindo a manutenção dos empregos".

No País
No ano passado, a estimativa do Dieese era de que R$ 102 bilhões seriam injetados na economia brasileira em 2011 com o 13º salário, projeção 15,6% menor ao número divulgado agora. Perto de 30% dos R$ 118 bilhões, ou pouco mais de R$ 34 bilhões, irão para aposentados e pensionistas. Beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ficarão com 19,4% (R$ 22,9 bilhões) do total.

Aposentados
Aposentados e pensionistas da União ficarão com R$ 6,1 bilhões (5,2%) e aposentados e pensionistas dos Estados, com R$ 5,4 bilhões (4,5%). Mas a maior parte, cerca de 70%, o que corresponde a R$ 84 bilhões, irá para empregados formalizados. Do total de 78 milhões de pessoas que receberão o 13º salário no final do ano, de acordo com o Dieese, 61,9% (48,3 milhões) são empregados formais e 38,1% (29,7 milhões), aposentados e pensionistas. Os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada totalizam 2,4 milhões, ou 3,1% do total. Um milhão, ou 1,2% do total, são aposentados e beneficiários de pensão da União. Aposentados e pensionistas dos Estados não foram quantificados.

Entre os trabalhadores com carteira assinada, os do setor de serviços e da administração pública ficarão com 60,1% dos R$ 84 bilhões destinados ao mercado formal; os da indústria ficarão com 20,7% e os comerciários, com 12,5%. Aqueles que trabalham na construção civil receberão o correspondente a 4,8% e 2% irão para os trabalhadores da agropecuária. O 13º salário pago aos empregados formais atinge, em média, R$ 1.783,47 e os trabalhadores do setor de serviços receberão o maior valor médio, de R$ 2.045,78.

O setor industrial aparece com o segundo maior valor médio, de R$ 1.912,56, seguido pelos empregados da construção civil (R$ 1.422,94), do comércio (R$ 1 186,48) e do setor primário (R$ 984,88). Por região, o maior valor médio para o 13º será pago em Brasília (R$ 3.193) e o menor, no Maranhão (R$ 974). As estimativas do Dieese levam em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), além de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e dados do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN).

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