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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Fórum promovido pelo CIC pretende criar agenda política de ações voltadas para viabilização de projetos estruturantes

O Ceará se torna, hoje, o centro das discussões em torno do desenvolvimento e da sustentabilidade, com a realização do 7º Fórum CIC de Debates. A iniciativa é do Centro Industrial do Ceará (CIC) em parceria com a Fundação Ulysses Guimarães e o apoio do Diário do Nordeste. Tendo como tema central "Superando os Obstáculos ao Desenvolvimento Sustentável do Estado", a expectativa é de que seja criada uma agenda política de ações voltadas para a viabilização dos projetos estruturantes previstos para o Estado, mediante a premissa da preservação ambiental.

"O governo do Ceará está empenhado em fazer com que os grandes investimentos aconteçam. Mas é necessário ressaltar a importância da participação da sociedade cearense nessa discussão, pois não queremos desenvolvimento sem que seja levado em conta a questão ambiental. Não se pode colocar os interesses de pequenos grupos sobre os da população", observa a presidente do CIC, Roseane Oliveira de Medeiros.

Dessa maneira, ela destaca que, ao envolver os setores público e privado, com as respectivas empresas investidoras nesses projetos, o Fórum pretende ser mais uma contribuição à sociedade, visando o aprofundamento de algumas temáticas relativas aos fatores restritivos e facilitadores ao processo de desenvolvimento econômico estadual. "Precisamos criar alternativas para a geração de emprego e renda, mas também queremos formas de sensibilizar a sociedade cearenses no sentido de contribuir para esse processo de desenvolvimento. Portanto, é uma oportunidade de se abrir o diálogo. E o CIC tem esse papel de facilitador para que as coisas aconteçam", justifica.

Diálogo é necessário
Ainda de acordo com ela, muito se discute sobre a problemática em torno das liberações das licenças ambientais no Ceará, assim como da insegurança por parte dos investidores, ante a mudança de órgãos responsáveis pela sua emissão.

"Então é preciso o diálogo para que fique claro as competências de cada órgão, afim de que as coisas possam caminhar. Queremos ir além no nosso Estado no que concerne ao desenvolvimento, não queremos ficar restritos apenas aos programas de transferência de renda", afirma a presidente do CIC.

Ela lembra que o atual modelo perseguido pelo Estado tem sido voltado para investimentos em infraestrutura.

"O próprio Porto do Pecém foi concebido nessa perspectiva, com a finalidade de ser âncora para os empreendimentos que estão sendo captados, como a refinaria da Petrobras e a siderúrgica", argumenta Medeiros.

Presenças de peso
O evento trará como palestrantes empresários ligados a dois empreendimentos planejados para o Estado: a refinaria Premium II e a mina de urânio e fosfato de Itataia. Estarão no fórum o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Alfredo Tranjan Filho.

Trazendo o posicionamento estatal sobre o tema, estarão a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e ainda o procurador-geral da República, Roberto Monteiro.

Os dois projetos citados enfrentam atrasos em suas obras por conta de dificuldades ligadas a licenciamento ambiental. A refinaria ainda precisa ter definida a questão da delimitação de possíveis terras indígenas no terreno em que se instalará. Já a mina de Itataia teve sua licença prévia, antes já expedida pela Superintendência Estadual de Meio Ambiente (Semace), tornada nula. Agora, os estudos de impacto ambiental estão sendo refeitos para garantir novo licenciamento, desta vez da parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

MAIS INFORMAÇÕES
7º fórum CIC de Debates

Acontece hoje, às 18h30, no Auditório Waldyr Diogo, na sede da Fiec (Av. Barão de Studart, 1980 - Aldeota)

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